sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Hoje
(*) Respeito minha ignorância. Convivo bem com coisas que não entendo, cantos escuros e encontros silenciosos. Se a dúvida for o preço da pureza, algumas vezes vale pagar, tá barato (noutras, é melhor pagar pra ver... você decide, não olhe pra mim... eu sou só uma artista nos palcos da vida, quase uma atriz... :) ...)
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Ciranda em mim
Através dos livros da biblioteca lá de casa
Desde pequena, Pessoa me dispertava certa curiosidade
Através de uma certa poesia interpretada pelo meu pai
Pessoa foi tomando espaço dentro de mim
E hoje, aos 20 e tantos anos, Fernado Pessoa tem feito ciranda em mim...
“O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos..
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar…”
Alberto Caeiro, em “O Guardador de Rebanhos”, 8-3-1914
Desde pequena, Pessoa me dispertava certa curiosidade
Através de uma certa poesia interpretada pelo meu pai
Pessoa foi tomando espaço dentro de mim
E hoje, aos 20 e tantos anos, Fernado Pessoa tem feito ciranda em mim...
“O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos..
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar…”
Alberto Caeiro, em “O Guardador de Rebanhos”, 8-3-1914
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
...
Minha hora favorita do dia? O anoitecer. Quando chega, evito ao máximo acender as luzes da casa. Gosto da maneira como os olhos vão ficando mais sensíveis à medida que a luz vai diminuindo. Resulta uma sensação de integração com o ambiente - harmonia - que é uma definição muito próxima de “paz”.
Declarar-me fã do outono e do anoitecer revela mais de mim do que seria prudente revelar.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
2013
Acabamos de chegar de viagem
Uma caminhada longa
Perto do mato
Overdose de oxigênio
Perto do mar...
Andei pensando novas idéias
Novas produções, teatro, um livro...
Nenhuma boa
Idéias são perigosas
Um livro...
Vou parar de escrever agora,
O papel não vai ficar branco a partir daqui, e sim silencioso...
"Não vivo do passado, meu tempo é agora
Ele é que vive dentro de mim"
Uma caminhada longa
Perto do mato
Overdose de oxigênio
Perto do mar...
Andei pensando novas idéias
Novas produções, teatro, um livro...
Nenhuma boa
Idéias são perigosas
Um livro...
Vou parar de escrever agora,
O papel não vai ficar branco a partir daqui, e sim silencioso...
"Não vivo do passado, meu tempo é agora
Ele é que vive dentro de mim"
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