quarta-feira, 26 de novembro de 2014

MANIFESTO PRÓ-FORUM DE CULTURA



“A CULTURA QUE QUEREMOS PARA DUQUE DE CAXIAS!”


Para  ser  artista  em  Duque  de  Caxias,  que  tem  uma  das  prefeituras  mais  ricas  do  país  e  o  maior orçamento da Baixada Fluminense destinado à cultura, é preciso ter coragem e viver do encantamento com a  arte. É  preciso ser Artevista” e agora,  mais que nunca,  de forma coletiva. Decidir ser artista em Duque de Caxias é decidir lutar por  sua cidade e ter na pele o desejo de vê-la mais humana, mais viva, mais colorida e menos dormitório.  Ver a cultura como direito à cidadania, Ver a cultura não como “e-ventos” que o tempo leva e pouco deixa.

A  atual  gestão  do  executivo  municipal  tem  se  especializado  e  profissionalizado  profundamente  nas ações  centralizadoras   e  de  absoluto  desrespeito  às  leis  municipais,  ao  Plano  Diretor  Urbanístico  da Cidade, aos fóruns e conselhos ligados a diversas instâncias de atuação da sociedade civil, em especial, aquelas  que  tocam  a  cultura.  Este  quadro  se  agrava  quando  visitamos  os  compromissos  assumidos publicamente através do Plano de Governo divulgado durante a campanha.

Em  Duque  de  Caxias  não  existe  um  “Grupo  da  Cultura  e  por  meio  desse  MANIFESTO,  o  coletivo  de artistas,  agentes  culturais  de  Duque  de  Caxias  e  movimentos  sociais  vem  defender  a  manutenção  da Secretaria  Municipal  de  Cultura  e  Turismo  de  Duque  de  Caxias,  ameaçada  de  extinção  e  também apresentar ao poder publico e à Sociedade Civil A CULTURA QUE QUEREMOS PARA DUQUE DE CAXIAS!
 Após  10  anos  de  mobilização  dos  artistas  da  cidade,  da  constituição  de  um  Conselho  Municipal  de Cultura, da aprovação do Fundo Municipal de Cultura, ainda não regulamentado, da aprovação de um Plano Municipal de Cultura, ainda não transformado em lei nos manifestamos não só para mantermos as  conquistas  mas  para  ampliar  a  DIFUSÃO,  O  FOMENTO,  A  FRUIÇÃO  E  A  DEMOCRATIZAÇÃO  DO ACESSO  ÀS  VERBAS  PUBLICAS,  AOS  APARELHOS  DE  CULTURA  E  AOS  INVESTIMENTOS  RECEBIDOS  E APLICADOS NESTA ÁREA.

Este manifesto elaborado de forma coletiva e organizada parte do princípio que É A COMUNIDADE QUE FAZ CULTURA E NÃO O PODER PUBLICO, QUANDO ISTO OCORRE E DIRIGISMO. Também afirma qual é a SECRETARIA DE CULTURA QUE QUEREMOS! Uma SECRETARIA que compreenda que a cultura é inerente do povo e das relações humanas, mas que é responsabilidade do Estado, fomentar, incentivar e proteger a criação cultural bem como democratizar e  garantir  o  acesso  aos  bens  a  fruição  e  consumo  de  bens  culturais.  Que  dialogue  com  os  músicos, artistas  plásticos, artistas de  rua,  atores, poetas,  dançarinos, rappers,  grafiteiros, produtores culturais, Vjs, Djs, diretores de  teatro,  de  cinema  e  de  espetáculos  musicais,  movimentos de hip  hop, cineclubes,  historiadores,  antropólogos,  arqueólogos,  jornalistas,  professores,  estudantes,  cidadãos , coletivos  culturais,  mestres  de  tradição  oral,  incentivadores  de  leitura  e  outros  segmento  de  forma horizontal, democrática e participativa ; que fomente e respeite a atuação dos atores sociais da cidade e as deliberações das Conferências Municipais de Cultura e,  principalmente, as propostas do  PLANO DE GOVERNO apresentado durante a campanha municipal.

Que  pense  em  políticas  públicas  de  cultura  descentralizadas,  com  autonomia  para  os  gestores,  com democratização  e  pulverização  das  verbas  públicas  e  que  sejam  abrangentes,  atingindo  os  quatro distritos  da  cidade.  As  ações  culturais  contribuem  para  o  acesso  à  cidadania,  à  geração  de  empregos renda e à elevação do IDH e da auto-estima da cidade tão solapados nos últimos anos.
Uma  SECRETARIA  que tenha uma função central  na administração pública  e não periférica ou  ocupada por cargos comissionados ou terceirizados  resultados do joguete político, tão criticados nas Jornadas de Junho.  Que  seu  quadro  de  funcionários  seja  composto  por  gestores  de  cultura  qualificados  para  a administração pública como ocorre com  as outras secretarias. Que apresente, de forma transparente, à sociedade um plano de trabalho baseado em programas, ações e projetos, neste momento inexistentes, que tenham a garantia de continuidade.
Uma  SECRETARIA  QUE  RESPEITE  os  artistas,  agentes  e  coletivos  culturais,  mestres  de  tradição  oral, representantes  da  cultura  urbana,  incentivadores  de  leitura  e  outros  segmentos  de  forma  horizontal compreendendo  que  aqui  vivem,  aqui  manifestam  a  sua  arte,  aqui  mantém  vínculos  afetivos  com  a cidade e que não podem ficar a mercê de pessoas que não tem compromisso, que compreendem e não querem compreender a dinâmica da cidade que VI-VEMOS e nem com a cidade que QUEREMOS.

NÃO QUEREMOS EXTINÇÃO!

 NÃO QUEREMOS FUSÃO! 
NÃO QUEREMOS FUNDAÇÃO! 
QUEREMOS DEMOCRATIZAÇÃO!


ESTE MANIFESTO É ASSINADO PELAS INSTITUIÇÕES QUE PARTICIPARAM DO
IV DIÁLOGOS INTERINSTITUCIONAIS


Por falar em cultura>> Tela Acervo Barbosa Leite



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